Choro Contemporain
Choro Contemporain
Ref.: FA5021

CHORO CONTEMPORAIN 1978 - 1999

Ref.: FA5021

Direction Artistique : PHILIPPE LESAGE

Label : Frémeaux & Associés

Durée totale de l'œuvre : 2 heures 3 minutes

Nbre. CD : 2

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Présentation

Frémeaux & Associes présente pour la première fois un panorama du choro contemporain, expression artistique brésilienne qui s'apparente avant tout à une manière d'être, une cambrure psychologique, un refus aux concessions du temps, pour s'adonner au raffinement harmonique. Philippe Lesage présente d'aprés le fonds du célèbre éditeur brésilien "Kuarup" une fresque en 2 CD illustré d'un livret de 32 pages l'histoire récente du choro contemporain.
Patrick Frémeaux

Droits audio : Frémeaux & Associés sous licence de Kuarup - Brésil.

Les ouvrages sonores de Frémeaux & Associés sont produits par les meilleurs spécialistes, bénéficient d’une restauration analogique et numérique reconnue dans le monde entier, font l’objet d’un livret explicatif en langue française et d’un certificat de garantie. La marque Frémeaux & Associés a obtenu plus de 800 distinctions pour son travail muséographique de sauvegarde et de diffusion du patrimoine sonore.

This album, issued by the world-famous publishers, Frémeaux & Associés, has been restored using the latest technological methods. An explanatory booklet of liner notes in English and a guarantee are included.



NAQUELE TEMPO (Paulo Sergio Santos/Rafael Rabello) • CHORANDO BAIXINHO (Abel Ferreira) • ALVORADA (Joel do Bandolim) • DEVAGAR E SEMPRE (Henrique Cazes e Regional) • AINDA ME RECORDO (Chiquinho do Acordeon) • CHORINHO PRA VOCÊ (Paulo Moura) • DOUTOR MENNA (Rossini Ferreira) • CUIDADO COM ELE (Isaias e Chorões) • O VÔO DA MOSCA (Paulo Sergio Santos) • ESPINHA DE BACALHAU (Paulo Moura) • TERNURA (Paulo Moura) • INESQUECIVEL (Joel e Paulinho da Viola) • CHORO TRISTE N° 2 (Isaias e Chorões) • FIDALGA (Pedro Amorim) • CHORINHO PRA ELE (Paulo Moura) • CARINHOSO (Chiquinho et Altamiro Carrilho) • PIXINGUINHA (Chiquinho et Rafael) • CONFIDÊNCIAS (Maria Teresa Madeira et Pedro Amorim) • CHORO DE MÃE (Moreira Lima) • SARAU PARA RADAMÉS (Paulinho da Viola) • CHORO (Joel e Sexteto Brasileiro) • MUSICOS E POETAS (Isaias e Chorões) • DOCE DE COCO (Zé da Velha) • LAMENTOS (Paulo Sergio Santos/Marco Perreira) • IARA (Joel do Bandolim) • ANACLETO DE MEDEIROS (Chiquinho/Rafael) • BATUQUE (Joel e Sexteto Brasileiro) • OS OITO BATUTAS (Henrique Cazes e Regional) • NOITES CARIOCAS (Improvisation collective) • SAI DA FRENTE (Abel Ferreira).

Presse
PORQUE A MEMÓRIA DE UM POVO NÃO É NECESSARIAMENTE POPULAR… Entrevista com Patrick Frémeaux por Claude Ribouillault para Trad Magazine (100o número, Março 2005) Éprovável que tenha visto alguma das caixas de discos produzidas por Frémeaux & Associés. Cada uma constitui um livro de referência sobre um capítulo da cultura musical, histórica e/ou geográfica. Em Patrick Frémeaux encontrámos um visionário construtivo que, tijolo após tijolo, construiu à sua maneira o que deve ser considerado um monumento à cultura audio. Uma companhia… e uma vocação cultural No seu todo, as caixas produzidas pela Frémeaux & Associés situam-se, em relação à sua concepção global, no campo de um trabalho genuinamente editorial. A selecção de alguns produtos recai na escolha, a de outros depende da oportunidade. Obtém-se assim um corpus com uma coerência total, que poderia constituir uma memória colectiva, uma herança auditiva, musical e falada para a humanidade. Ou seja que, perante cada novo trabalho, a equipa pondera a sua viabilidade dentro do projecto de publicações. O produto é assim apresentado, comercial e fundamentalmente, como uma colecção da qual já constam bastantes items. [Comercial e fundamentalmente, o efeito de colecção aparece, por definição, com grande parte dos items propostos]. O catálogo – uns 800 discos – é substancial para um gerente/fundador de 38 anos, e mais de 20 anos da companhia… A Frémeaux & Associés vende à volta de um milhão de discos anualmente, mas se alguns albuns vendem vários milhares por ano,outros quase não atingem os 400 em dez anos… Patrick Frémeaux tem precisado de uma espécie de fé profundamente enraizada para impôr nas lojas este tipo de produto – caixas de um ou vários CDs com um livrinho detalhado, contendo música, histórias, canções,discursos, romances… E esta fé continua bem viva.Textos, discursos, música… As fontes utilizadas são numerosas – colecções fonográficas, gravações públicas ou privadas. O banco de dados do I.N.A (Biblioteca Francesa de Obras Audiovisuais) é um exemplo, e, como tal, é da maior importância do ponto de vista social, societal, cultural e musicológico. Na verdade, a palavra falada e os discursos ocupam tanto espaço nas produções da Frémeaux como a própria música. L’Etranger de Camus lido por Camus ou as gravações históricas de Celine, os discursos do General de Gaulle, a Contre histoire de la Philosophie de Michel Onfray (200,000 discos vendidos!) oferecem uma abordagem sensorial diferente de textos e pensamento. Remonta à nossa infância, aos contos, à vivência oral em geral. Há uma percepção renovada do veículo de transmissão dos textos, do conhecimento e da emoção. Não obstante, a música popular (e não só “popular”) tem um lugar fundamental no catálogo. A companhia começou com uma caixa de discos, O Acordeão Vol. 1, co-publicada com a Discothèque des Halles, a primeira “Biblioteca da Cidade de Paris”. A história musicológica e popular da capital que foi o ponto de foco. A ideia original nessa caixa dedicada ao acordeão era a de apresentá-la como poderiam ter sido apresentados o Samba no Rio de Janeiro ou o Tango em Buenos Aires. O êxito foi imediato, muito importante, a tal ponto que todas as grandes companhias fizeram também, uns anos mais tarde, pelo menos uma compilação sobre o tema. Em todo o caso, foi esta iniciativa que lançou a Frémeaux & Associés. Depois, as produções aumentaram naturalmente na companhia de Frémeaux, persistindo ainda a vontade de defender primeiro as culturas que não podem defender-se. Por exemplo, nos Estados Unidos, por muito estranho que possa parecer, a história do disco americano não está tratada pelos próprios americanos, apesar da existência de algumas colecções notáveis (Smithsonian Institute, Alan Lomax…). “Não é”, diz Patrick Frémeaux, “um país de história, especialmente da história mais recente. Com numerosos trabalhos e temas colocámo-nos inesperadamente no ‘número um’ das vendas nos EUA… Graças tanto a alguns pesquisadores que se associaram a nós, como a coleccionadores, tem sido possível produzir volumes documentados. Com efeito, todas as nossas caixas vêm acompanhadas de livrinhos, ferramentas documentais críticas, que pretendem ser estudos genuínos de temas ou de pontos de vista originais.” Em toda a parte, a música tradicional e a popular precisam de ser melhor “informadas” e conhecidas, melhor compreendidas nas suas raízes, nas suas influências e nas suas evoluções… A teoria da difusão de música pelos caminhos fluviais do mundo Em termos gerais, historicamente, os média só começaram a preocupar-se com a “música do mundo” – como novos lançamentos para os expositores – nos anos 1980, com Johnny Clegg e Sawuka, por exemplo. Mas o movimento de descoberta e distribuição das músicas tradicional e popular é tão velho como o homem. Sobre isto, Patrick Frémeaux tem uma teoria interessante: “Demo-nos conta de que”, explica, “do ponto de vista histórico, a fusão entre culturas se iniciou sobretudo com o advento do transporte marítimo. Assim, podemos ligar a música do Samba do Brazil, do Son de Cuba, do Béguine de Fort-de-France, do Jazz de Nova Orleães, ao negócio triangular de escravos nos séculos XVII e XVIII. Esse negócio iniciou-se num porto europeu, com rota por África para comprar seres humanos futuros escravos, a troco de adornos baratos de vidro, tecidos, fitas… Esses homens eram então levados para as Antilhas ou para a América para serem vendidos. Produtos exóticos (fruta, especiarias, fibras, tintas para tingir tecidos…) foram trazidos e revendidos de novo em Bordéus, Guiana e outros lugares. Os portos estão obviamente na raíz de todos os casos de desenvolvimento musical original, onde as culturas africanas permanecem vivas. Há sempre, como noutras regiões colonizadas, ou no Fado em Lisboa, a base de uma mistura musical que não é uma invenção recente.” Nas caixas “Country” da Frémeaux, o tema é ilustrado de forma complementar. É fácil verificar, por exemplo, que a música dos anos 1930 e 1940 reutiliza as melodias – adequando o texto (histórias de cowboys ou de pioneiros) – da música tradicional irlandesa ou até melodias da corte britânica ou dos salões dos séculos XVIe XVII (como aquelas cantadas pelos irmãos Deller). O cantor de Will this cowboy come back from beyond the plains? retoma de novo o tema de Will this sailor, lost beyond the seas, see his homeland again?… Veículos como a voz, a harmónica – o instrumento mais fácil de levar num bolso – o bandoneon dos marinheiros alemães… disseminaram estruturas textuais e musicais pelos portos do mundo, seguindo as rotas utilizadas pelos vários exploradores. Então a Europa recusou o exotismo musical “Por outro lado”, continua Patrick Frémeaux, “a música hawaiana era tocada em Berlim nos anos 1930, assim como o eram o Béguine ou o Tango em Paris… Mas, com a Segunda Guerra Mundial, sobretudo por razões ideológicas ou racistas, estas misturas de músicas desapareceram rapidamente. A única música de ‘fusão’ que teve êxito na altura, embora fosse criticada, foi o Jazz. E foram necessárias várias décadas para que a criatividade de toda a música urbana e mista fosse ouvida de novo e reconhecida, e que lhe fosse dado um estatuto que a incluísse, através das nossas produções e das de outras etiquetas, numa discografia e na história da música do século XX. Até há pouco mais de 30 anos, essa história estava limitada a um caminho que levava de Wagner até Boulez e a Stockhausen, adicionando umas poucas e relativamente menosprezadas tradições de canções e danças urbanas de Paris. A criatividade reconhecida no Jazz não foi reconhecida ou apreciada noutras formas de música.” Com efeito, até ao Tango na altura só outorgavam o direito de ser chamado “entretenimento exótico”, “musette d’alémmar”, e, tal como a musette, sem nenhuma realidade musicológica admitida. O novo estatuto do Tango é um fenómeno muito mais recente. Devolvendo a estes tipos de Música o seu Valor Original No entanto, as formas de música que puderam ser escritas (um factor de reconhecimento para as academias) – e mesmo que não pudessem! – têm uma qualidade intrínseca, do ponto de vista musicológico, que é inegável, que as torna fascinantes, mas que passou despercebida durante muito tempo. “Esta é uma das consequências ignoradas”, continua Patrick Frémeaux, “do trauma da Segunda Guerra Mundial, que abafou a música urbana mista dos anos entre as Guerras, um momento de triunfo da música das Antilhas em Paris, por exemplo.” Uma das motivações da Frémeaux & Associés é precisamente voltar a essas fundações, a esses períodos de realização, para colmatar o vazio do seu desaparecimento no pós-Guerra e recriar uma ligação. O objectivo é o de dar relevo a uma riqueza que se justifica plenamente hoje em dia. O mesmo acontece com as tradições ciganas – ao seguir o seu percurso desde Saintes-Maries-de-la-Mer até lugares tão distantes como a Andaluzia, encontram-se de novo melodias, harmonias. “Alguns dos nossos volumes”, especifica Patrick Frémeaux, “tomam esta teoria como base.” O projecto da Música Tradicional de França!… …A França tem sido permanentemente um berço que enriqueceu as suas próprias tradições. O “popular” e o “tradicional” estão interligados. Por causa de um relativo complexo de superioridade dos intelectuais franceses, o folklore (no verdadeiro sentido anglosaxónico) tem sido afastado da cultura própriamente dita por muito tempo. É natural que uma abordagem suficientemente científica possa efectuar uma mudança neste estatuto algo negativo. É para um tal passo que esta colecção, que noutros campos está virada para um público mais amplo, tenciona dar o seu contributo…” Uma produção para todos Patrick Frémeaux tenta definir o que motiva a sua acção de publicar mais extensivamente. “O público interessante que gostaríamos de ter seria o intelectual, aberto, trans-disciplinar e entenderia o aspecto trans-cultural. Um tal público deve representar 10-20% do público total. O resto do público está obviamente ligado à sua cultura, mas é mais motivado por uma ligação nostálgica ao passado do que a uma vontade de partilhar, trocar, comparar e entender as coisas historicamente… As pessoas que vestem uniformes da Primeira Guerra Mundial, os especialistas nas civilizações indianas, aqueles que salvam uma igreja românica, que se desbruçam sobre manuscritos, que coleccionam discos velhos… mantêm o património. Deve aceitar-se que os ouvintes de música folk tenham uma competência enorme que não leva necessariamente a uma visão dinâmica trans-cultural. Assim, os que ouvem e executam a música folk provavelmente consituem uma sociedade real, mas à-parte e às vezes um pouco rígida. É mais fácil para o editor da Frémeaux & Associés ter um ponto de vista mais amplo. No entanto, a pessoa que, intelectualmente, perceberia ou gostaria de tudo, não existe… As pessoas têm as suas áreas de preferência. Tomemos como exemplo o que motiva o público alvo. As obras completas de Django Reinhardt produzidas pela Frémeaux & Associés inserem-se num Jazz europeu, não americano. Toda esta herança cigana e de tradição oriental que é generosa e mista participa no nosso ideal intelectual. Estas caixas de discos vendem-se, regra geral, a pessoas que entendem o conteúdo de uma forma literal. Portanto, a pergunta é se continuarão a ter saída ao só interessarem a um pequeno grupo de académicos… Quanto a coisas muito antigas, noto que conseguimos manter um alto nível de vendas junto de um público cuja faixa etária não tem nada em comum com esses tipos de música ou esses testemunhos falados. É encorajador.” Mantendo produtos no catálogo Um disco normalmente fica disponível unicamente durante dois anos. A característica da Frémeaux & Associés, e, segundo Patrick Frémeaux, a verdadeira aposta sob o ponto de vista económico, é precisamente o oposto. Nunca reduz a gama disponível. O fundador insiste: “Sempre promovemos incansavalmente a colecção (que para nós constrói gradualmente um todo), num catálogo anual a cores, e na Internet. Além disso, tudo está calculado para que possamos continuar a disponibilizar os nossos produtos, mesmo que as vendas sejam muito baixas. Por exemplo, calculamos as coisas de forma a que haja mais plástico do que cartão no álbum. Como consequência, podemos fabricar de novo em quantidades pequenas. Assim, qualquer vendedor de livros ou discos em qualquer parte do mundo pode encomendar um disco à nossa companhia e ter a certeza de que está disponível. A nossa filosofia é definitivamente a de ter a nossa produção disponível ao público. Esta atitude é a base económica e financeira da organização da companhia.” Patrick Frémeaux conclui: “Estimular curiosidade e trazer as pessoas de volta às genuínas experiências emocionais das suas raízes, ou às de outras: esse é o nosso objectivo. Mas é também realizar o ideal utópico de André Malraux, dar vida ao “Musée imaginaire”, a catalogue raisonné do património audio de todas as expressões artísticas e intelectuais. O propósito é de disponibilizar para toda a gente esta enorme herança colectiva; Patrick Frémeaux é um dos seus modestos bibliotecários!” Tradução : Ivan e Susana MOODY
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« (…) A noter pour les amoureux du choro – dont je suis : deux anthologies du choro parues chez Frémeaux, l’une (1906-1947) et l’autre (1978-1999), tous deux sous la direction de Philippe Lesage. » Par Nadia KHOURI-DAGHER – LE MONDE / BABEL MED
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“Des standards servis par des musiciens exceptionnels, se procurer d’urgence ce disque d’anthologie.” Michel PLISSON, TRAD MAG
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"Depois de um volume dedicado aos primeros mestres do choro (1906-1947), a Frémeaux lança agora em CD duplo e com detalhado libreto, uma colectãnea do que de melhor se fez nessa àrea no Brasil das ultimas décadas (1978 – 1999)."N.P. – PUBLICO – Presse Portuguaise. 
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Liste des titres
  • Piste
    Titre
    Artiste principal
    Auteur
    Durée
    Enregistré en
  • 1
    NAQUELE TIEMPO
    PAULO SERGIO SANTOS
    PIXINGUINHA
    00:05:10
    1994
  • 2
    CHORANDO BAIXINHO
    ABEL FERREIRA
    ABEL FERREIRA
    00:03:27
    1978
  • 3
    ALVORADA
    JOEL DO BANDOLIM
    JACOB DO BANDOLIM
    00:03:56
    1978
  • 4
    DEVAGAR E SEMPRE
    HENRIQUE CAZES
    PIXINGUINHA
    00:02:29
    1996
  • 5
    AINDA ME RECORDO
    CHIQUINHO
    PIXINGUINHA
    00:02:21
    1988
  • 6
    CHORINO PRA VOCE
    PAULO MOURA
    SEVERINO ARAUJO
    00:07:35
    1983
  • 7
    DOUTOR MENNA
    ROSSINI FERREIRA
    ROSSINI FERREIRA
    00:02:51
    1996
  • 8
    CUIDADO COM ELE
    ISAIAS E CHOROES
    ALVES NELSON
    00:02:27
    1980
  • 9
    O VOO DA MOSCA
    PAULO SERGIO SANTOS
    JACOB DO BANDOLIM
    00:02:57
    1994
  • 10
    ESPINHA DE BACALHAU
    PAULO MOURA
    SEVERINO ARAUJO
    00:04:15
    1981
  • 11
    TERNURA
    PAULO MOURA
    XIMBINHO
    00:06:29
    1983
  • 12
    INESQUECIVEL
    JOEL E PAULINHO DA VIOLA
    JOEL E PAULINHO DA VIOLA
    00:03:22
    1987
  • 13
    CHORO TRISTE NUMERO 2
    ISAIAS E CHOROES
    GAROTO
    00:03:20
    1980
  • 14
    FIDALGA
    PEDRO AMORIM
    ERNESTO NAZARETH
    00:04:24
    1997
  • 15
    CHORINHO PRA ELE
    PAULO MOURA
    PASCOAL HERMETO
    00:04:52
    1983
  • Piste
    Titre
    Artiste principal
    Auteur
    Durée
    Enregistré en
  • 1
    CARINHOSO
    CHIQUINHO
    PIXINGUINHA
    00:04:03
    1987
  • 2
    PIXINGUINHA
    CHIQUINHO
    RADAMES GNATTALI
    00:04:48
    1989
  • 3
    CONFIDENCIAS
    MARIA TERESA MADEIRA
    ERNESTO NAZARETH
    00:06:16
    1997
  • 4
    CHORO DE MAE
    MOREIRA LIMA
    WAGNER TISO
    00:05:36
    1978
  • 5
    SARAU PARA RADAMES
    JOEL E PAULINHO DA VIOLA
    JOEL E PAULINHO DA VIOLA
    00:03:29
    1987
  • 6
    CHORO
    JOEL E SEXTETO BRASILEIRO
    RADAMES GNATTALI
    00:03:55
    1987
  • 7
    MUSICOS E POETAS
    ISAIAS E CHOROES
    SIVUCA
    00:04:48
    1980
  • 8
    DOCE DE COCO
    ZE DA VELHA
    JACOB BITTENCOURT
    00:04:11
    1987
  • 9
    LAMENTOS
    PAULO SERGIO SANTOS
    PIXINGUINHA
    00:04:24
    1994
  • 10
    IARA
    JOEL DO BANDOLIM
    ANACLETO DE MEDEIROS
    00:02:39
    1987
  • 11
    ANACLETO DE MEDEIROS
    CHIQUINHO
    RADAMES GNATTALI
    00:04:12
    1989
  • 12
    BATUQUE
    JOEL E SEXTETO BRASILEIRO
    ERNESTO NAZARETH
    00:04:30
    1987
  • 13
    OS OITO BATUTAS
    HENRIQUE CAZES
    PIXINGUINHA
    00:02:37
    1996
  • 14
    NOITES CARIOCAS
    IMPROVISATION COLLECTIVE
    JACOB BITTENCOURT
    00:05:37
    1987
  • 15
    SAI DA FRENTE
    ABEL FERREIRA
    ABEL FERREIRA
    00:02:05
    1978
Livret

LE CHORO CONTEMPORAIN 1978-1999 FA 5021

LE CHORO CONTEMPORAIN
1978-1999

A PROPOS DE KUARUP
Kuarup est le rituel par lequel les indiens célébraient leurs morts, dans le Xingu. Mais, contrairement aux apparences, il ne s’agissait pas tant de rendre hommage au passé que d’incorporer aux générations nouvelles les plus grandes vertus des disparus, en les instillant ainsi vivantes dans l’esprit de chaque membre et dans les pratiques de la tribu. Ce n’est pas autre chose que le label Kuarup reproduit aujourd’hui pour la culture brésilienne. Depuis plus de 20 ans, il s’est investi dans la réévaluation du patrimoine musical et dans la découverte de nouveaux talents et il offre des archives et des produits qui sont un étalon d’excellence. Fondée en 1977 par l’artiste plastique Janine Houard, le journaliste Mario de Aratanha et le hautboïste Airton Barbosa, la société Kuarup prend sa véritable dimension d’éditeur phonographique dans les années 80, lorsqu’elle commence à accueillir des musiciens tels que Paulo Moura, Chiquinho do Acordeon, Elomar et quelques autres non moins importants. Ce petit label ira jusqu’à remporter 17 “Premio Sharp”, une distinction équivalente à nos “Grands Prix” de L’Académie du Jazz ou de l’Académie Charles Cros.
Il ne m’a jamais vraiment étonné qu’il y ait une française parmi les fondateurs de Kuarup car l’étranger porte toujours un regard à la fois amoureux et objectif sur son objet d’étude : il va au coeur du noyau qui fonde la culture, il comprend les lignes de force qui font les beautés et la vérité de la musique d’un pays. On sait que tous les petits labels se sont toujours développés sous l’égide de tandems harmonieux (cf. Blue Note, Frémeaux...) comme si les forces bipolaires permettaient de trouver l’équilibre. Dans le Janus kuarupien, le carioca Mario de Aratanha, journaliste de formation et ancien collaborateur de grands journaux et agences de presse interna­tionales, manager d’artistes (Piazzolla, Egberto Gismonti...), “applemaniaque”, a apporté sa pierre à l’édifice en sachant nouer des relations idéales avec chacun.En tant qu’éditeur et distributeur, Kuarup s’est consciemment positionné, et souvent avec une préscience exceptionnelle et une volonté farouche, dans quatre domaines spécifiques de la musique brésilienne: le répertoire de Villa -Lobos, la musique nordestine, la musique caipira et le choro . Notons au passage que s’adonner à l’enregistrement du choro ou aux oeuvres de Villa-Lobos, dans les années 80, alors que le grand compositeur national était dans les limbes de l’oubli et que le choro hibernait, pouvait apparaître comme acte de résistance mais aussi plus sûrement comme un sadomasochisme suicidaire. Que ce soit sous un angle de lecture classique (l’intégrale des quatuors par le Quatuor Bessler-Reis, Cirandas e Cirandinhas de Roberto Szidon...) ou sous celui d’une relecture populaire (les Choros de Camara, Teca Calazans canta Villa-Lobos...), Kuarup est le label qui offre le plus de références de la musique du grand Heitor bien qu’il n’y ait pas d’enregistrements d’oeuvres symphoniques pour des raisons purement financières.
Essentiellement représentée par Elomar, sorte de barde anarcho-mystique et Xangai – à prononcer Shanghai comme la ville chinoise – la musique nordestine est aussi à la fête avec les volumes de la série Cantoria qui firent un beau succès médiatique et de vente. Depuis quelques années, Kuarup pousse la musique caipira, une sorte de country music brésilienne, avec Renato Teixeira (plus de 180 000 copies de son CD Ao Vivo no Rio), Rolando Boldrin et Pena Branca. Avec la musique de Villa-Lobos, le genre musical choro a toujours été un champ de prédilection. Il y a d’ailleurs des affinités électives entre Villa-Lobos et le choro et il était impossible d’aimer l’un sans porter de l’intérêt à l’autre. C’est donc tout naturellement que Kuarup a enregistré les meilleurs artistes qui se dédient à ce genre particulièrement exigeant. Notre anthologie peut en faire foi.
LE CHORO CONTEMPORAIN
1978-1999

NAQUELE TEMPO
Standing ovation, au Théâtre Municipal, en ce 18 mai 1968 : Pixinguinha fête ses 70 ans (de fait 71 ans). Un public enthousiaste, des vrais mélomanes, ovationne le plus illustre représentant du choro, son créateur le plus puissant, l’homme dont on loue, partout et toujours, la douceur, l’affabilité et l’intelligente modestie. Jacob do Bandolim, lui-même déjà dans la plénitude de la cinquantaine, initiateur de cette manifestation, rend hommage à son idole, à son maître, à son ami. Qu’il fut beau ce concert, on en a la preuve par l’enregistrement qui en fut réalisé, et on aurait aimé, on l’avoue, être au fond de la salle, pour vibrer en silence de cette émotion. Mais ce concert qui se voulait une fête fut aussi l’irrémédiable adieu au fragile équilibre du classicisme émerveillé d’un genre né avec le siècle. Le miracle musical du funambule Pixinguinha, qui avait atteint son apogée entre 1946 et 1950, s’évanouissait. Les temps de la nostalgie s’ouvraient: on pourrait désormais dire: “naquele tempo” (en ce temps-là). Sous les braises, toutefois, sommeillait la petite flamme d’un genre musical qui ne voulait pas s’éteindre. Cette anthologie en est la preuve par 30.
PIXINGUINHA ET LES AUTRES
Sans vouloir reproduire ici l’historique déjà présenté dans notre anthologie CHORO 1906-1947 (Frémeaux FA 166), il est quand même bon de redire ce que fut l’archéologie du choro, qui furent ses principaux hérauts et ce qu’est finalement ce genre musical. Le choro est avant tout une forme instrumentale où l’improvisation est reine. Il s’est forgé au fil du temps, avalant les danses de salons européennes pour devenir la première vraie musique née au Brésil, une musique ni européenne, ni africaine, mais dont les modulations, les mélodies et les harmonies empruntent à l’Europe et dont les accents rythmiques puisent dans la musique africaine. Depuis ses débuts d’ailleurs, le choro est plus une ma­nière d’être et de sentir qu’un genre codifié : il est une “cambrure” psychologique et technique. Mouvement né à Rio même, où se faisait le plus sentir la mode et l’influence européenne, le choro est avant tout la musique des artisans et des petits employés blancs, mulâtres, parfois noirs, qui jouaient d’instinct et d’oreille, sur les places publiques. Assez vite, au détour du XXe siècle, tout s’est focalisé autour de la flûte comme instrument mélodique, du cavaquinho comme base rythmique et de la guitare comme support mélodique et rythmique. Les quatre grandes figures de l’époque archéologique furent Antonio Callado, Ernesto Nazareth, Chiquinha Gonzaga et Anacleto de Medeiros.
Mulâtre, flûtiste professionnel de renommée telle qu’il se produit à la Cour de L’empereur, mort à 32 ans en 1880, Joaquim Callado laisse des compositions notables mais est surtout celui qui a su donner un espace et une organisation aux musiciens du choro. Chiquinha Gonzaga, disparue en 1935, à l’âge canonique de 87 ans, est plus une figure “maxixeira” que choristique alors que Ernesto Nazaré (ou Nazareth 1863-1934), lui, est un vrai compositeur de choro, presque devenu aujourd’hui un “compositeur classique”! Mulâtre également, Anacleto de Medeiros (1866 -1907), quant à lui, amène les grands orchestres à jouer dans le style choro. C’est avec Pixinguinha que les choses s’accélèrent, car dans son esprit, il n’y a plus en arrière-plan le piano mais la guitare. Musicien professionnel dès l’âge de 15 ans, il sera compositeur, flûtiste virtuose, saxophoniste inventeur des plus beaux contre-chants, arrangeur recherché, leader des meilleurs orchestres et il connaîtra plusieurs périodes de grande créativité: autour des années 20, il commence à écrire ses premières oeuvres qui resteront des standards; dans les années 30, il explose comme flûtiste virtuose et modèle le genre choro en un classicisme épuré; enfin, entre 1946 et 1950, il enregistre, cette fois au saxophone, avec le flûtiste Benedito Lacerda, 34 plages fastueuses. Pixinguinha, c’est le pivot historique autour duquel tourne l’histoire du choro: la respiration immédiatement identifiable, la forme, tout trouve en Pixinguinha son point d’équilibre.
ET PUIS VINT JACOB
L’année 1947 marque un changement: les premières cires de Jacob insufflent un souffle nouveau, ne serait-ce que dans la forme de l’improvisation. Jacob Pick Bittencourt dit Jacob do Bandolim (1918 -13 août 1969) est un puriste du choro et l’antithèse du musicien bohémien mais il est surtout un innovateur sur son instrument de prédilection et un compositeur qui laissera dans la littérature du choro nombre de succès (Doce de Coco, Noites Cariocas...) Animateur sans faiblesse de cette musique, il a créé en 1966 le Conjunto Época de Ouro, un “regional” avec Dino 7 Cordas, Cesar Faria et Carlinhos à la 6 cordes, Jonas au cavaquinho,  Gilberto d’Avila et Jorginho au pandeiro. Dans son sillage, on trouve d’autres nombreux artistes de valeur, comme Waldir Azevedo (l’auteur de Brasileirinho, une scie qui connut un succès populaire sans précédent au début des années 50, est avant tout un virtuose du cavaquinho) ou Abel Ferreira (1915 - 1980, ce natif de l’Etat du Minas Gerais, arrivé à Rio au milieu des années 40, est un clarinettiste / saxophoniste dans la lignée de Luiz Americano, c’est à dire un musicien très expressif) ou encore le clarinettiste Severino Araujo (né en 1917  originaire de l’Etat de Pernambouc, auteur de merveilles comme Chorinho em Aldeia, directeur de l’Orquestra Tabajara, qui quoique sous influence nord-américaine, ne jouait que des choros, des sambas et des frevos, ce qui est normal pour des musiciens nordestins d’autant que le frevo appelle les cuivres) sans oublier les paulistes Garoto, Copinha ou les sudistes Radamés Gnattali et Chiquinho do Acordeon.
L’ESPRIT DE RESISTANCE
Quelques noms de lieux (le bar o Sovaco de Cobra “l’aisselle du serpent”?!, le quartier de Penha...) et des noms de musiciens (Radamés Gnattali, Paulinho da Viola, Joel do Bandolim, Os Carioquinhas, Camerata Carioca, Nó Em Pingo d’Agua...)renvoie à cet esprit de résistance de la fin des années 70 et du début des années 80. En ces temps de dictature militaire (de 1964 à 1985, le Brésil vit sous la botte des militaires), le choro sommeille et s’enlise dans un répertoire figé. Autour du vieux lion Radamés, des lionceaux vont se faire les dents : Joel Nascimento, le plus âgé car il est né en 1937, João Pedro Borges, Joaquim Santos, Maurício Carrilho, Luiz Otavio Braga, Henrique Cazes, Beto Cazes, Dazinho, tous nés autour de 1957 / 60, vont créer la Camerata Carioca (bandolim, guitares 6 et 7 cordes, cavaquinho, percussions, flûte / sax) où la dynamique du son est l’élément qui donne sens. Ils enregistrent en 1983 le merveilleux LP Tocar chez Polygram dont on n’ose pas dévoiler le nombre d’exemplaires vendus. Rafael Rabello est de la bande, Paulo Moura revient vers le choro: ils enregistrent, chez Kuarup, le LP Mistura e Manda. Ce n’est pas encore le réveil triomphant mais indéniablement le mouvement s’inverse.
A L’OUEST , TOUJOURS         
QUELQUE CHOSE DE NOUVEAU

An 2000 : le choro est plus vivant que jamais. Certes les ventes des disques de choro sont sans commune mesure avec celles de la pop music mais les meilleurs disques d’Altamiro Carrilho, d’ Abel Ferreira, de Severino Araujo, de Zé Menezes sont de nouveau disponibles;  on voit de nouveaux groupes se former comme Rabo de Lagartixa pour se réapproprier l’héritage. De très bons musiciens japonais comme Mitsuru, Sasago ou Shigeharu s’adonnent au choro avec bonheur. Et immédiatement vient à l’esprit la question morale de l’esthétique: comment être de son temps sans trahir l’héritage? Faut-il absolument privilégier les instruments acoustiques ou peut-on s’évader vers la fée électricité? Presser le rythme, crisser le son, est-ce cela la modernité ou cela passe-t-il par une nouvelle littérature choristique? Le choro est-il soluble dans le nouveau millénaire ou est-il définitivement une musique moribonde ? Finalement, quelle est l’essence du choro? Cette anthologie, puisée dans les archives de Kuarup, donne la parole à quelques anciens mais aussi à la génération de musiciens qui arrivent à maturité. On verra qu’elle n’a rien à envier aux vieux maîtres: même technique sans faille et même sincérité à revendre.
Philippe LESAGE
Ce disque est dédié à Wagner Tiso, en souvenir d’un certain mois de mai 1980, et à Hermeto “Campião” Pascoal.
© FRÉMEAUX & ASSOCIÉS/GROUPE FRÉMEAUX COLOMBINI SA, 2001
A PROPOS DU DISQUE
CD 1
1 - NAQUELE TEMPO (En ce temps là)
Venu à la musique par les églises baptistes, Paulo Sergio Santos, qui fut le “premier clarinette“de l’Orchestre Symphonique de Rio à l’âge de 18 ans et qui reste un des pivots du Quintette à Vents Villa-Lobos, possède une sonorité dense, nerveuse et précise façonnée, pour partie, par son passé de musicien classique. Le cheminement musical personnel de Paulo Sergio n’est, somme toute, pas éloigné de celui de Michel Portal, chez nous. Sa confrontation constante avec les meilleurs instrumentistes du choro enrichit avec le temps sa palette expressive. On sait qu’il pense à enregistrer un nouvel opus et on gage qu’il fera, plus que jamais, le lien entre musique érudite et musique populaire, ce qui est d’ailleurs une constante du choro depuis le début (cf. Callado, Viriato, Patápio Silva, Radamés...). Comme Baden- Powell et Maurício Carrilho, Rafael (ou Raphael) Rabello fut l’élève de Meira, le guitariste d’origine nordestine du “Regional” de Benedito Lacerda. Serait-ce le deuil qui nous fait dire cela mais Rafael est passé comme une comète dans le ciel musical brésilien. Son jeu, d’une beauté foudroyante, immédiatement identifiable quoi qu’il puisât ses racines dans la tradition brésilienne la plus pure, n’avait pas la rigidité rythmique des guitaristes nourris de musique classique; il n’était pas non plus influencé par le jazz ni même par Baden-Powell;  non, Rafael, c’était un guitariste génial de son temps, tout simplement. Foudroyé par une vie trop intense, le 27 avril 1995, à l’âge de 33 ans, Rafael tenait la guitare 7 cordes lorsqu’il s’insérait dans des groupes de choro de type “regional”. La première personne à m’avoir parlé de Rafael, un jour à Paris, fut Paulinho da Viola : il ne tarissait pas d’éloges sur ce musicien qui n’avait alors que 17 ans.
2 - CHORANDO BAIXINHO (En pleurant doucement; mais aussi : en jouant le choro doucement)
Poète à sa manière, Abel Ferreira véhiculait la douceur et la rêverie baroque des natifs du Minas Gerais. Compositeur de talent – il laisse en héritage de nombreux standards – il a enregistré de bons disques chez Continental dans les années 50 et 60 mais Sax e Clarinette, paru sur le label de Marcus Perreira, est son chef-d’œuvre : l’émotion suinte à tous les sillons. Chorando Baixinho a été composé en 1942.
3 - ALVORADA (Aube)
Extrait du même concert que le titre précédent, Alvorada met en avant les cordes: bandolim avec Joel, le cavaquinho avec Jonas, la 7 cordes avec le grand Dino et les 6 cordes avec Cesar Faria - le père de Paulinho da Viola - et Carlinhos. Época de Ouro (époque d’or) regroupe ces “vieux maîtres” des cordes ainsi que Jorginho au pandeiro (quel homme délicieux, bien représentatif d’une certaine génération de musiciens du choro). Aussi étonnant que cela puisse paraître, Joel Nascimento (né en 1937) a un problème de surdité et il accorde son bandolim en le collant sur son coeur. La morgue municipale où il est fonctionnaire a amplifié son sens de l’humour et du paradoxe.
4 - DEVAGAR E SEMPRE (C’est presque un dicton : Doucement mais sûrement)
Ils avaient à peine la trentaine à l’époque, les musiciens que l’on peut entendre ici dans un titre de Pixinguinha. Il y a de la technique, comme chez tous les musiciens du monde occidental d’aujourd’hui, mais il y a plus: une pulsion ac­tuelle dans le respect de la tradition.
5 - AINDA ME RECORDO (Je me souviens en­core)
Un autre thème de Pixinguinha parce qu’il en va de ses oeuvres comme celles de Ellington: on ne s’en lasse jamais. Brésilien du sud du pays, Romeo Seibel (1928-1993) dit Chiquinho do Acordeon, comme tous ses homologues du piano à bretelles, a abordé les styles musicaux les plus divers, de la musique à danser à la musique symphonique: il est vrai que son talent se prêtait bien à toutes les expériences. Il a fait partie du Sexteto de Radamés Gnattali et du Trio Surdina (avec Garoto aux cordes et Fafa de Lemos au violon).
6 - CHORINHO PRA VOCÊ (Un petit choro pour toi)
Un des thèmes majeurs du clarinettiste Severino Araujo, un nordestin (nombreux sont les Nordestins à se prénommer Severino!), leader de l’Orquestra Tabajara, un big band joyeux, entre gracieusetés hollywoodiennes et racines choristiques. Paulo Moura entre ici dans sa phase “gafieira”, où le choro est métissée de samba et où la musique “mouille la culotte”. Ainsi donc, les percussions sont omniprésentes et, sur une as­sise rythmique languide et chaloupée, Paulo Moura se laisse porter vers la plus grande sensualité possible.
7 - DOUTOR MENNA (Monsieur le diplômé Menna)
Comme Luperce Miranda, Rossini Ferreira est un nordestin et un des maîtres du bandolim. On remarquera, au passage, les prénoms brésiliens et leur relation à la musique: dans ce disque, on trouve un Wagner (Wagner Tiso).
8 - CUIDADO COM ELE (Fais attention à lui)
La ville de São Paulo est un autre centre nerveux du choro; de cette ville sont originaires Garoto et Dante Santoro. On ne trouve dans le groupe qui s’exprime ici que des musiciens de Sampa.

9 - O VÔO DA MOSCA
(Le vol de la mouche)
Et non du bourdon! Ce thème pour bandolim de Jacob est ici transposé pour la clarinette avec appui final sur d’autres instruments à anches, tous joués par Paulo Sergio. On notera la virtuosité tourbillonnante de Rafael.
10 - ESPINHA DE BACALHAU (Arête de morue)
Il m’est apparu intéressant d’accoupler ce titre au précédent pour mesurer les différences de style entre Paulo Moura et Paulo Sergio sur deux compositions volontairement ludiques. Espinha de Bacalhau fut composé en 1936 par Severino Araujo.
11 - TERNURA (Tendresse)
Cette ballade de K-Ximbinho (prononcer kachimebinegno) dévoile la personnalité attachante de son auteur dont on ne mesure plus assez le talent. Sebastião Barros dit K-Ximbinho était un nordestin originaire de Natal (1917-1980) et il fit partie comme saxophoniste de l’Orquestra Tabajara de Severino Araujo. Venu à Rio vers 1942, il devint un arrangeur recherché. Ses compositions sont pour l’essentiel des choros. Le label Eldorado avait fait paraître en 1980 son LP Saudades de um Clarinete, un “Must” bien évidemment introuvable aujourd’hui.
12 - INESQUECIVEL (Inoubliable)
Un duo cavaquinho et bandolim, deux instruments clés du samba et du choro dont la vocation est de marquer le tempo et de faire le lien entre les percussions et la mélodie. Le cavaquinho se prête moins au rôle de soliste bien que Waldir Azevedo fut aussi agile sur l’instrument que Altamiro Carrilho sur sa flûte. Henrique Cazes et Luciana Rabello sont les deux cavaquinhistes en vue actuellement. Nous parlerons du bandolim plus loin.
13 - CHORO TRISTE N° 2
Une composition du poly-instrumentiste Anibal Sardinha “Garoto” (gamin, à cause de sa précocité), le meilleur musicien de São Paulo. Radamés Gnattali lui a dédié son deuxième concerto pour guitare et orchestre.
14 - FIDALGA (Noblesse)
Composition de Ernesto Nazareth transposée pour le bandolim (instrument dérivé de la mandoline napolitaine, possédant 4 cordes doubles accordées en quintes). Pedro Amorim, mon bandoliniste préféré, fait une synthèse dynamique entre l’école de Luperce Miranda (manière de tenir l’onglet, jeu de la main droite, ornementation, virtuosité, couleur napolitaine) et celle de Jacob do Bandolim (improvisation de type jazzistique, couleur portugaise du son). Pedro Amorim donne toujours une architecture solide à ses solos et il sait à merveille sculpter des silences dans son discours. Comme s’il était un élève de Miles Davis!
15 - CHORINHO PRA ELE (Un petit choro pour lui)
Pendant un relatif court laps de temps, Hermeto Paschoal a vécu aux USA où il fut introduit dans le milieu musical par Airto Moreira, son ex-partenaire du Quarteto Novo (un groupe mythique au Brésil). Il enregistrera le LP Hermeto (avec une grande formation de musiciens américains de la carrure de Ron Carter, de Joe Farell, de Jerome Richardson ou de Thad Jones....) et il participera au double album Live Evil de Miles Davis même si on doit admettre que sa prestation ne laissera pas un souvenir impérissable en dépit de ses deux compositions retenues dans ce disque. Deux fortes personnalités qui se veulent des gourous, ensemble, ça ne peut pas coller! Par contre, il y eut une amitié sincère entre Hermeto et Cannonball Adderley à qui Chorinho pra êle est dédié dans l’album Slave Mass, autre disque (Warner Bros, 1977) américain de l’albinos. Je ne sais plus si c’était en 1984 ou 1985 que Hermeto et son groupe (Jovino, Carlos Malta, Marcio Bahia, Itébéré Swarg et Pernambuco) vinrent passer une soirée chez moi. Entre vins et palabres, on écoute la version de Paulo Moura du Chorinho Pra Ele. Tous sont très attentifs, et tous éclatent de rire comme un seul homme, au même moment: au début du second cycle, Paulo Moura ne “double” pas le rythme, comme une trahison paresseuse.
CD 2
1 - CARINHOSO (Tendre)
Une superbe variation sur le plus grand succès de Pixinguinha. Composé en 1923, Carinhoso était resté dans les tiroirs pendant 10 ans avant que João de Barrro ne pose des paroles à la demande d’Orlando Silva .Flûtiste à la technique sans faille, Altamiro Carrilho est, lorsqu’il ne se laisse pas aller à la facilité démagogique, un des plus somptueux improvisateur de la musique brésilienne, comme le fut également Chiquinho do Acordeon.
2 - PIXINGUINHA
Ce choro est le premier morceau de la Suite intitulée Retratos (portraits) dans laquelle Radamés Gnattali peint les portraits de Nazareth, d’Anacleto de Medeiros, de Chiquinha Gonzaga et de Pixinguinha, les fondateurs de la musique populaire brésilienne. Si Radamés n’a pas connu personnellement Anacleto, il a par contre approché superficiellement Chiquinha et bien connu Nazareth jusqu’à en devenir son meilleur interprète. Avec Pixinguinha, la connivence était encore plus grande: tous deux étaient les arrangeurs les plus recherchés avant 1950 et chacun jouait dans les orchestres de l’autre. Tout en subtilité, la composition Pixinguinha renvoie au choro Carinhoso. Composée en 1956, à l’attention de Jacob, pour bandolim, regional et orchestre à cordes, la Suite Retratos a connu plusieurs versions. Celle que l’on peut entendre ici est une adaptation libre de Chiquinho do Acordeon et de Rafael Rabello qui avaient tous deux travaillés auprès de Radamés: “il détestait l’accordéon, disait Chiquinho, qui connut Radamés en 1951; mais après notre première rencontre il a sou­haité m’avoir à ses côtés dans tous ses enregistrements; nous sommes restés ensemble pendant 40 ans!”. Quant à Rafael, il a enregistré un LP des pièces pour guitare du “maestro”. Dininho, le bassiste, est le fils du guitare 7 cordes Dino et le bassiste constant de Paulinho da Viola.

3 - CONFIDÊNCIAS
(Confidences)
Maria Teresa Madeira est la pianiste idéale pour jouer Nazareth: son jeu n’est ni trop classique ni trop jazzy, il n’est ni affecté ni moderniste; il ne serait pas étonnant que cette jeune pianiste s’attaque à l’oeuvre complète du “pianeiro” pionnier.
4 - CHORO DE MÃE (Pleur de mère)
Né le 12 décembre 1945 à Tres Pontas, un village de l’Etat du Minas Gerais, comme son copain d’enfance Milton Nascimento, Wagner Tiso est d’origine tsigane, ce qui s’entend dans sa musique très visuelle et à fortes réminiscences romantiques. Sans être un spécialiste du choro, il a écrit une des pièces essentielles du genre. Moreira Lima est un pianiste classique qui aime à s’aventurer dans la rencontre avec des musiciens populaires: le plus bel exemple en est le double LP (aujourd’hui disponible en CD, toujours chez Kuarup) intitulé ConSertão où Moreira Lima côtoie Elomar, Paulo Moura et le guitariste Heraldo do Monte (un ancien du Quarteto Novo de Hermeto Pascoal).
5 - SARAU PARA RADAMÉS (Soirée musicale pour Radamés)
Tous les grands sambistes ont bu dans les eaux du choro: c’est là qu’ils apprenaient le raffinement harmonique. Paulinho da Viola, qui avait enregistré, dans les années 70, deux LP qui se correspondaient comme le côté pile et le côté face d’une pièce de monnaie ne rompt pas la tradition. Ces deux LP dont on conseille l’achat impératif sont: Memorias Cantando, dédié au samba, et Memorias Chorando dévolu au genre choro.
6 - CHORO (TOCCATA)
Une autre pièce de Radamés Gnattali dont l’arrangement est de la plume de Maurício Carrilho. Pour montrer aux guitaristes français comment se met en place la dynamique des cordes “à la brésilienne”.
7 - MUSICOS E POETAS (Musiciens et poètes)
il fallait bien que d’une manière ou d’une autre il y ait, dans cette anthologie, Sivuca, l’autre génial albinos de la musique brésilienne. Ce nordestin, qui vécut un temps à Paris, accordéoniste, pia­niste, guitariste et harmoniciste, fut de longues années l’accompagnateur de Harry Belafonte.
8 - DOCE DE COCO (Délicatesse au coco)
Une des oeuvres majeures de Jacob do Bandolim et un standard incontournable du répertoire choristique. Le son râpeux de Zé da Velha donne du piment à cette délicatesse.
9 - LAMENTOS (Lamentations)
On notera la subtilité de l’arrangement de Marco Pereira et la clarté subtile de son accompagnement à la guitare... mais les compositions de Pixinguinha sont toujours un matériau idéal pour les musiciens talentueux.
10 - IARA
 La version de ce schottish d’Anacleto sonne comme un fado portugais. Villa-lobos emprun­tera ce thème pour l’insérer dans son monumental Choro n° 10 et après que Catulo da Paixão Cearense ait mis des paroles, le thème s’intitulera Rasga o Coração.

11 - ANACLETO DE MEDEIROS

Ce troisième mouvement de la Suite Retratos de Radamés est une variation autour du schottish Três Estrelinhas (trois petites étoiles) d’Anacleto de Medeiros : on baigne dans le Rio musical du début du XXe siècle.
12 - BATUQUE
Le batuque serait une danse d’origine angolaise et elle peut être synonyme de “candomble”. Elle est très marquée et proche du samba de umbigada. Bien qu’il fut essentiellement influencé par Chopin, Nazareth ne pouvait pas ne pas se plonger, au moins une fois, dans les racines noires du Brésil.
13 - OS OITO BATUTAS (Les huit types super)
Os Oitos Batutas, c’était le groupe de Pixinguinha, de China son frère et de Donga, un groupe qui voyagera en France en 1922 et en Argentine. Ce groupe enchanteur distillait une musique balancée entre choro et maxixe. Cette version mo­derne, propulsée par Bolão – Bouboule –, apporte une scansion nouvelle.

14 - NOITES CARIOCAS
(Nuits de Rio)
Autre thème majeur de Jacob do Bandolim. Cette version de concert laisse entendre que le choro peut vibrer d’allégresse malgré un nom qui pourrait laisser accroire qu’il est une lamentation (en portugais choro se traduit par “pleur”).
15 - SAI DA FRENTE (Bouges-toi de là)
Toute une philosophie. Philippe Lesage
© FRÉMEAUX & ASSOCIÉS/GROUPE FRÉMEAUX COLOMBINI SA, 2001
english notes
CONTEMPORARY CHORO
1978-1999

On 18 May 1968 in the Municipal Theatre, Pixinguinha was greeted with a standing ovation.  The most acclaimed representative of choro, indeed the most powerful creator of the genre was celebrating his seventieth birthday (or to be more precise his seventy-first), and the punters were extremely enthusiastic.  Jacob do Bandolim had organised this show to pay homage to his idol, his master and friend.  The beauty of the concert can be appreciated from its recording, but only those present could truly bathe in the emotion of the occasion.  Yet the festivities also marked the end of an era.  Pixinguinha had been at his zenith between 1946 and 1950, and now his musical miracle was nostalgically fading into a thing of the past.  However, this anthology demonstrates how the genre is still aglow, refusing to be extinguished.Although the historic aspects have already been covered in Choro 1906-1947 (Frémeaux FA 166), we feel its basic development should again be resumed.  Choro is primarily an instrumental form of music where improvisation reigns.  As years passed, influenced by dance music from Europe, it become the first true musical genre to be born in Brazil.  It is neither European, nor African, but the modulations, melodies and harmonies were borrowed from Europe and its rhythm has African influence. 
The movement began in Rio, where European fashions and influence were highly considered, and it became the music of craftsmen and workers of all colours, who played instinctively and by ear in public squares.  By the turn of the century, the flute was used for the melody, the cavaquinho for the rhythm and the guitar for the melodic and rhythmic backing.  During this period, the four major names to be cited are Antonio Callado, Ernesto Nazareth, Chiquinha Gonzaga and Anacleto de Medeiros.  The mulatto flautist Joaquim Callado, who disappeared in 1880, left behind him some worthy compositions, but is principally remembered for clearing the ground for choro musicians.  Chiquinha Gonzaga, who died in 1935 at the great age of 87, was more of a ‘maxixeira’ than a chorist, whereas Ernesto Nazaré (or Nazareth, 1863-1934) was a true choro composer, considered today as a kind of classical composer.  Another mulatto, Anacleto de Medeiros (1866-1907), persuaded larger orchestras to play choro.  Yet Pixinguinha’s influence was considerable.  He became a professional musician at the age of 15 and pursued his career to be rated as a composer, flautist, inventive saxophonist, arranger and he led some of the finest orchestras.  In the twenties, he began writing his first works which still remain standards, in the thirties his proficiency as a flautist was revealed, then from 1946 to 1950, playing the saxophone, he recorded 34 sumptuous tracks with flautist Benedito Lacerda.  Pixinguinha was the pole of attraction in the history of choro - through him, it found its perfectly balanced identity and structure.The style of improvisation changed in 1947, when Jacob Pick Bittencourt (otherwise known as Jacob do Bandolim, 1918-1969) made his first recordings. 
Jacob was a purist when it came to choro, but was also an innovator and a composer of many hits (Doce de Coco, Noites Cariocas etc.).  In 1966, he created the Conjunto Epoca de Ouro.  Following in his footsteps, a number of commendable artists appeared such as Waldir Azevedo (who wrote Brasileirinho), clarinettist and saxophonist Abel Ferreira (1915-1980), clarinettist Severino Araujo (the composer of gems including Chorinho em Aldeia), Garoto, Copinha, Radamés Gnattali and Chiquinho do Acordeon.From 1964 to 1985, Brazil was under military rule, but while choro lay apparently dormant with a fixed repertory, certain musicians showed signs of resistance.  Around Radamés Gnattali, younger talent gathered (Joel Nascimento - the oldest member of the team, Joao Pedro Borges, Joaquim Santos, Mauricio Carrilho, Luiz Otavio Braga, Henrique Cazes, Beto Cazes and Dazinho) to form the dynamic Camerata Carioca.  In 1983, they recorded the marvellous LP, Tocar for Philips.  Rafael Rabello joined them and Paulo Moura returned towards choro and they cut, this time for Kuarup, the LP Mistura e Manda.  This may not have marked a glorious revival, but certainly indicated that the wind was changing direction.And choro was still thriving in 2000.  The record sales cannot be compared with the marketing success of pop music, but the best discs by Altamiro Carrilho, Abel Ferreira, Severino Araujo, Sé Menezes are back on the shelves.  The genre’s continuity is being taken care of by new groups such as Rabo de Lagartixa, and even worthy Japanese artists including Mitsuru, Sasago and Shigeharu are showing interest in choro.  So now, we may wonder, should choro still respect the old traditions by only using acoustic instruments, or could a new choristic aspect be accepted using modern technology ?  What is the exact essence of choro ?  This anthology, taken from Kuarup’s archives, allows both the old and new generations to speak up.  As you will see for yourselves, both schools are of merit, using techniques which cannot be faulted and showing consistent sincerity.
English adaptation by Laure WRIGHT from the French text of Philippe LESAGE
© FRÉMEAUX & ASSOCIÉS/GROUPE FRÉMEAUX COLOMBINI SA, 2001
CD 1
1. NAQUELE TEMPO (In Those Days)
Partly due to his classical training, Paulo Sergio Santos, who had previously played ‘first clarinet’ in Rio’s Symphonic Orchestra, had a precise and lively style.  His encounter with choice choro instrumentalists enhanced his expression as time went by.  Rabello had been a student of Meira, the guitarist in Benedito Lacerda’s ‘regional’ band.  His unique style of playing was astounding beautiful, with a supple rhythm which is often lacking with classical guitarists.  This inspired artist had an intense but short life, leaving us at the age of 33 in 1995.

2. CHORANDO BAIXINHO
(Crying Softly, and also, Playing Choro Softly)
Abel Ferreira was a poet of a kind and a talented composer, signing a number of standard tunes.  He recorded some good discs for Continental in the fifties and sixties, but Sax e Clarinette, released under Marcus Perreira’s label was his true master-piece.  Chorando Baixinho was composed in 1942.
3. ALVORADA (Dawn)
This title was interpreted during the same concert as the previous one and brings the strings to the foreground.  As strange as it may seem, Joel Nascimento (born in 1937) suffered from deafness and had to tune his bandolim by holding it to his chest.
4. DEVAGAR E SEMPRE (Slowly But Surely)
These musicians, playing one of Pixinguinha’s com­positions, were all around the age of thirty.  Their technique can be appreciated as well as their modern approach while still respecting tradition.
5. AINDA ME RECORDO (I Still Remember)Another tune by Pixinguinha.  Romeo Seibel (1928-1993), born in the south of Brazil, and otherwise known as Chiquinho do Acordion, experimented with a variety of musical styles, from dance to symphonic music.  He belonged to Radamés Gnattali’s Sexteto and to the Trio Surdina.
6. CHORINHO PRA VOCE (A Little Choro For You)One of the major numbers of clarinettist Severino Araujo, leader of the Orquestra Tabajara.  Here, Paulo Moura was entering his ‘gafieira’ stage, where choro was mixed with samba sounds.  The percussion section is omnipresent and the swaying rhythm results in a sensual ambience.
7. DOUTOR MENNA (Qualified Mr. Menna)
Rossini Ferreira came from the north and was one of the masters of the bandolim.
8. CUIDADO COM ELE (Take Care With Him)
Choro was also extremely present in Sao Paulo, and Garoto and Dante Santoro came from this city.
9. O VOO DA MOSCA (The Flight Of The Fly)
This tune, written for the bandolim was adapted to the clarinet, backed by other reed instruments, all played by Paulo Sergio.  Rafael’s playing is particularly proficient.
10. ESPINHA DE BACALHAU (Cod Bone)
This piece, composed in 1936 by Severino Araujo had deliberately been placed after O Voo Da Mosca to demonstrate the difference in style between Paulo Moura and Paulo Sergio.
11. TERNURA (Tenderness)
This ballad written by K-Ximbinho (pronounced ‘kachimebinegno’) reveals the personality of this talented composer.  Originally from Natal, Sabastiao Barros (or K-Ximbinho, 1917-1980) was saxophonist in Severino Araujo’s Orquestra Tabajara.  He went to Rio in 1942 and became a sought-after arranger.  In 1980 the Eldorado label released his LP, Saudades de um Clarinete, virtually impossible to find nowadays.
12. INESQUECIVEL (Unforgettable)
This is a duo of the cavaquinho and bandolim, two key instruments in samba and choro.  The cavaquinho is seldom used for solos, although Waldir Azevedo mastered the instrument as well as Altamiro Carrilho played the flute.  Today, Henrique Cazes and Luciana Rabello are the principal cavaquinhists.

13. CHORO TRISTE N° 2

A composition by multi-instrumentalist Anibal Sardinha ‘Garoto’, Sao Paulo’s best musician.  Radamés Gnattali’s second concerto for guitar and orchestra was dedicated to him.
14. FIDALGA (Nobility)
A composition by Ernesto Nazareth transposed for the bandolim.  Bandolinist Padro Amorim uses a splendid combination of the schools of Luperce Miranda (with a Neapolitan flavour) and of Jacob do Bandolim (jazzy improvisation, with Portuguese sounds).  Solos by Pedro Amorim are always substantial, punctuated by moments of silence.
15. CHORINHO PRA ELE           (A Little Choro For Him)
For a short period, Hermeto Paschoal lived in the States where his ex-partner from the Quarteto Novo, Airto Moreira introduced him to the musical scene.  Along with a number of American artists, he cut the LP Hermeto and also participated in Miles Davis’ double album Live Evil.  He befriended Cannonball Adderley to whom he dedicated Chorinho pra êle in the album Slave Mass.
CD 2
1. CARINHOSO (Affectionate)
A superb version of Pixinguinha’s greatest hit. Composed in 1923, Carinhoso was put aside for ten years before Joao de Barro added lyrics to it, as demanded by Orlando Silva.  Flautist Altamiro Carrilho proves to be an excellent improviser of Brazilian music, as is Chiquinho do Acordeon.
2. PIXINGUINHA
This choro is the first part of Retratos, in which Radamés Gnattali portrays Nazareth, Anacleto de Medeiros, Chiquinha Gonzaga and Pixinguinha, the founders of popular Brazilian music.  Both Radamés and Pixinguinha were acclaimed arrangers before 1950 and they played in each others’ bands.  Composed in 1956, Suite Retratos had several versions.  The one included here is a free adaptation by Chiquinho do Acordeon and Rafael Rabello who had both worked with Radamés.
3. CONFIDENCIAS (Secrets)
Maria Teresa Madeira is the perfect pianist to play music by Nazareth, as her style is neither too classical nor too jazzy.
4. CHORO DE MAE (Mother’s Tears)
Born in December 1945 in the state of Minas Gerais, Wagner Tiso is of Tzigane origin, which may explain the visual and reminiscent aspects of his music.  Moreira Lima is a classical pianist who enjoys experimenting with popular music, the best examples being found in the double album, ConSertao.
5. SARAU PARA RADAMES (Musical Evening For Radamés)
All great samba players have equally tasted choro.  Paulinho da Violoa recorded two highly recommended LP’s in the seventies, one entitled Memorias Cantado, dedicated to samba and the other, Memorias Chorando, to choro.
6. CHORO (Toccata)
Another piece by Radamés Gnattali, arranged by Mauricio Carrilho.  A fine example of Brazilian guitar mastery.
7. MUSICOS E POETAS (Musicians And Poets)
This anthology would not be complete without Sivuca, the other inspired albino of Brazilian music.  Proficient on the accordion, piano, guitar and harmonica, he lived in Paris for a period and for many years accompanied Harry Belafonte.
8. DOCE DE COCO
One of the principal works of Jacob do Bandolim and a standard in the choro repertory.  Sé da Velha adds a touch of spice to the tune.
9. LAMENTOS (Lamentations)
We can appreciate the subtle arrangement by Marco Pereira and the subtle clarity of his guitar accompaniment.  There again, Pixinguinha’s compositions always lend themselves to talented musicians.
10. IARA
This version by Anacleto sounds like a Portuguese fado.  Villa-lobos included this tune in his monumental Choro N° 10 and when Catulo da Paixao Cearense added lyrics, it was entitled Rasga o Coracao
11. ANACLETO DE MEDEIROS
This third movement of Radamés’ Suite Retratos is a variation of Anacleto de Medeiros’ Três Estrelinhas and takes us back to Rio’s musical scene of the early XXth century.
12. BATUQUE
The batuque is a dance originally from Angola, and resembles the samba de umbigada.  Although Nazareth was mainly influenced by Chopin, this time he delves into Brazil’s black roots.
13. OS OITO BATUTAS (The Great Eight)
Os Oitos Batutas was the group of Pixinguinha, China and Donga and which toured France in 1922 and Argentina.  This modern version offers a new scansion.
14. NOITES CARIOCAS (Nights In Rio)
Another tune by Jacob do Bandolim, demonstrating how choro can be lively.
15. SAI DA FRENTE (Move Away From There)
A whole school of thought.

CD Le Choro Contemporain © Frémeaux & Associés (frémeaux, frémaux, frémau, frémaud, frémault, frémo, frémont, fermeaux, fremeaux, fremaux, fremau, fremaud, fremault, fremo, fremont, CD audio, 78 tours, disques anciens, CD à acheter, écouter des vieux enregistrements, albums, rééditions, anthologies ou intégrales sont disponibles sous forme de CD et par téléchargement.)

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